segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Dor e solidão formam minha vida injusta

O que eu sou

Um ser maldito excluído da natureza e da sociedade

De minha família

Sem amigos

Sem alma

Sem conseqüências

Sem pensamentos

Sem responsabilidades

Sem impulsos

Sem amor

Sem coração

Sem vida;

Sou apenas mais uma pessoa num mundo injusto

Onde nada nem ninguém me entende

Minha família me despreza e me critica

Meus amigos são falsos

Até meu amigo imaginário me corrompe com suas mentiras sem fim

Sou apenas mais um brinquedo de dor

Um brinquedo sem utilidade

Minha doença emocional não é compreendida

Minha alma não é bem querida

Meus olhos são vazados de dor

Minha boca sangra e chora sem a doce morte

Que me deixou em prantos sem solução

Aqui estou

Aqui sou

Vermes me desejam

Abutres me esperam para o jantar

A terra, maldita terra me suga para si

E nada nem ninguém me entende além de um mísero boneco de pano

Que até parece ser muito feliz, mas é apenas sua boca mal desenhada

Mas ele também não tem ninguém para lhe confortar

Aqui nós dois estamos

Aqui nós dois morremos

Nessa vida injusta e maldita

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